Antes de mudar de assunto, não podia
deixar de fazer um rápido balanço do que aconteceu em com a indústria de
comunicação, desde que comecei a escrever sobre Comunicação e Tecnologia – e
como isso está afetando a vida das pessoas e das empresas. Aí vai:
Os jornais avançaram, têm formatos mais
amigáveis para o jornal digital. Adotaram a cobrança por barreira do NYT, onde
você tem acesso grátis a um pequeno número de notícias –a partir daí precisa
ser assinante. Mas ainda continuam levando o jornal diário, de papel, para o
mundo digital. Ainda tem muito espaço para evoluir, como edições que mudam
durante o dia, mais participação dos leitores, links para informações que
expliquem mais profundamente os fatos, e por aí vai. A gente continua lendo o
que já viu ontem na internet, ouviu no rádio e viu no Jornal Nacional. Os
jornais (revistas é bem parecido) ainda não acharam seu novo papel.
As TVs abertas estão perdendo audiência.
As TVs pagas, com canais especializados, crescem. Mas o futuro aponta para você assistir o que
quiser, na hora que quiser. Empresas como Netflix (filmes e shows à disposição,
por assinatura mais barata) crescem e acabaram com as locadoras tipo
Blockbuster. Começam a produzir seu próprio conteúdo, além de mostrar os filmes
dos grandes estúdios. Mas a garotada ainda passa mais tempo diante de
computador do que da TV. O futuro das Tvs começa a engatinhar.
A
TV Globo procura se adaptar aos novos tempos: participa do negócio de TVs pagas,
tem vários canais especializados, abriu pay per view de seus programas, abre
sites para buscar relacionamento com telespectadores e integração de sua
programação com redes sociais. Incentiva a segunda tela –gente acompanhando sua
programação olhando o smartphone ou o iPad ao mesmo tempo, onde tem mais
informações sobre o que está acontecendo.
(Uma
nova lei, nesse meio tempo, exige porcentagem de produção nacional na TV e está
aumentando o mercado de produção de conteúdo nacional. E as produtoras
brasileiras estão respondendo bem, com várias séries de qualidade.)
Os
livros digitais crescem nos países desenvolvidos e ameaçam grandes redes de
livrarias. No Brasil demoraram para chegar e as editoras nacionais não
entenderam (ou não quiseram se associar) que os primeiros leitores de livros digitais
tinham aparelhos Kindle ou iPad. Lançaram livros para equipamentos digitais que
ninguém tinha, o que talvez explique as baixas estatísticas de vendas.
Escritores mais espertos lançam os livros de papel com editora nacional, mas o
digital vai para a Amazon –que vende no mundo todo. Claro que o caminho é este,
apesar de que a gente ainda gosta de um livro de papel, para manusear e
cheirar.
SÓ
PARA REGISTRAR:
Até esta postagem, este blog
se anunciava assim:
COMUNICAÇÃO
E TECNOLOGIA. As novas tecnologias mudando a vida das
pessoas e das empresas.
E
se explicava assim:
Análise
(e muitas opiniões) da relação entre os meios de comunicação tradicionais e as
novas tecnologias. As mudanças que estão acontecendo cada vez mais rápido, o
ponto de vista de um profissional de comunicação: estratégias, posicionamentos,
imagens de marca, novos negócios, oportunidades, mudanças de hábito do
consumidor. O iPad como acelerador destas mudanças.
COMMUNICATION
THINKING. Pensar marcas, empresas, acontecimentos, com o olhar da
comunicação.
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