O ano começa com a famosa CES, feira de tecnologia em Las Vegas. Ela é que deixa a gente antever o que vai acontecer no mundo dos bits. E quem é a estrela da festa? Os tablets, é claro. Todos os fabricantes correndo atrás do iPad, para não deixar a Apple tomar conta sozinha deste novo mercado –como aconteceu com a música e os iPods.
Li vários especialistas na área dizendo que os concorrentes estão chegando, mas que nenhum consegue ainda enfrentar o iPad de igual para igual. A maioria vem de Android, o novo sistema da moda, preferido da turma da tecnologia (que trabalha com PC) que não vai com a cara da Apple. Que não quer ficar dependente do iTunes e ainda gosta de personalizar tudo que usa, como fazem com seus smartphones. Por isso os Android tablets devem se desenvolver bastante nos próximos anos e as vendas, é claro, vão crescer. E a Microsoft, para variar, deve correr atrás.
Os tablets vão ser mesmo os grandes leitores de tudo que é papel (jornais, revistas, livros) daqui pra frente. Os grandes leitores de vídeos (palestras, séries de TV, longas, youtubes, etc) e um dia vão se ligar, para isso, na tela grande de sua própria TV. (Quando a gente fala leitores também está dizendo compradores. Este é o novo negócio.) E vão até substituir os labtops em quase tudo (por isso os notebooks ficaram por trás da cena, apesar das inovações).
(Acrescentando colaboração de Ivo Herzog: Raul, o iPad já esta integrado com a telona da TV, via o Apple TV e o protocolo Airplay da Apple. Alias, este protocolo começa a aparecer em recievers dispensando o Apple TV. O iPad se tona um Media Center comandando toda a imagem e som que saem na sua TV.)
(Acrescentando colaboração de Ivo Herzog: Raul, o iPad já esta integrado com a telona da TV, via o Apple TV e o protocolo Airplay da Apple. Alias, este protocolo começa a aparecer em recievers dispensando o Apple TV. O iPad se tona um Media Center comandando toda a imagem e som que saem na sua TV.)
Outra boa novidade da feira é o 4G, banda larga dez vezes mais rápida para celulares e tablets, via telefônicas. Usei meu iPad lá nos EUA e aqui, no Brasil. A diferença da velocidade lá e aqui, nas bandas 3G de hoje nos celulares, e nos Wifis domésticos (que a gente compra em casa) e públicos (nos shoppings, cafeterias) é muito grande. Nossas bandas largas estão anos luz atrás das velocidades que eles conseguem. Mas têm preços muito maiores que a banda larga de verdade. Com a estréia do 4G então, vamos ficar ainda mais para trás. E estes novos tablets (como os novos smartphones) são muito rápidos. Mas dependem de uma banda decente para mostrar todo seu valor.
Uma outra notícia de começo de ano, que combina com este futuro, diz que o governo americano vai distribuir iPads para estudantes. Nada de notebooks, netbooks, vão pular direto para o tablet. E nada mais natural botar a criançada para lidar com a nova tecnologia que está surgindo, que é muito mais intuitiva e fácil de usar. E que navega na internet que é uma beleza.
Aqui na terrinha, enquanto isso, no segundo semestre de 2010 as grande livrarias enfim entraram no negócio dos livros digitais. Puxadas pela Cultura e pela Saraiva, fizeram uma grande festa: o eBook chegou. Coisa que a Amazon já faz há muito tempo.
E que é uma boa. Principalmente quando a gente viaja e leva uns 5 quilos de livros para passear– não sei viajar sem levar uns 3 livros que acabo não lendo e que viajam o mundo na minha mala. (Tinha um campeão de milhagens, Obras Completas do Drumond, em papel tipo bíblia, que fez várias viagens, até que perdi em algum aeroporto. O Drumond deve continuar viajando o mundo na mala de outra pessoa.)
Bem, já que o leitor de livros digitais mais vendido no mundo é o Kindle (da Amazon) e o novo sucesso de vendas é o iPad, seria de supor que as livrarias brasileiras formatassem os livros para eles. Mas não é bem assim. Temos eBooks para todos os leitores digitais (aí listam Sony, Positivo que nem tinha sido lançado, e outros que nunca ouvi falar) menos para iPad e Kindle. Não entendeu? Acho que eles só querem dizer que têm eBooks, não querem mesmo vender para valer. Quantos brasileiros espalhados pelo mundo têm Kindle ou iPad e comprariam um livro da Cultura ou da Saraiva no bom e velho português?
Sou usuário de iPad e Kindle. Prefiro levar livros no Kindle. A tecnologia com eTinta, sem luz por trás, é muito mais agradável para ler textos por muito tempo. Acho o iPad melhor mesmo é para livros especiais, ilustrados ou de fotografias. Aí ele é imbatível. Então vou ter que continuar comprando livros na Amazon, que está aumentando a quantidade de livros em português. Se eu fosse leitor do Paulo Coelho, por exemplo, já teria ali suas obras completas.
Para não ficar tão feio a Saraiva lançou, na virada do ano, livros na versão iPad também –segundo diz, a primeira versão brasileira para o tablet. Enquanto isso, se você vai ao site da Amazon (criadora do Kindle) não encontra só livros digitais versão Kindle. Tem para iPad, tem para PC, tem para Mac, tem para tudo. Os americanos querem vender para todo mundo (já que livro digital não tem fronteiras, é um negócio mundial) e não têm preconceito contra os outros leitores. Venda é venda.
Se você fosse hoje um escritor brasileiro de sucesso, em que livraria on line você ia preferir vender seus livros? O mago escolheu a Amazon. Teve alguma visão?
Raul, o iPad já esta integrado com a telona da TV, via o Apple TV e o protocolo Airplay da Apple. Alias, este protocolo começa a aparecer em recievers dispensando o Apple TV. O iPad se tona um Media Center comandando toda a imagem e som que saem na sua TV.
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