domingo, 20 de março de 2011

20- FICÇÃO, PREVISÃO, PROGNÓSTICO, OU REALIDADE PRÓXIMA?

Lembra das grandes lojas de disco (e depois CD) tipo FNAC e Tower Records, onde você passava horas ouvindo e pesquisando músicas? Acabaram. Agora as pessoas compram música nos iTunes da vida e baixam direto no iPod, iPad ou celular. Ouvem onde quiserem e não precisam mais de espaço para guardar os CDs em casa. Olha quanta gente usando fone de ouvido nas ruas, no metrô, nos carros.

Lembra do Blockbuster? Acabou. Agora as pessoas alugam filmes na Netflix, baixam no seu iPad ou notebook, para ver quando quiserem, onde quiserem (até na tela grande de sua TV), sem a tirania dos horários das TVs a cabo. Veja quantas pessoas, dentro do avião, assistindo filmes e séries de TV que carregam mundo afora.

Lembra das grandes livrarias, tipo Barney&Nobles, onde você ficava fuçando e cheirando livros? Acabaram. Agora as pessoas compram seus livros via internet, na Amazon ou mesmo na Barney&Nobles virtual, baixam no seu Kindle (e outros leitores digitais) e carregam sua biblioteca para baixo e para cima dentro da bolsa. Veja as pessoas na sala de espera do aeroporto com seu  kindle ou iPad ligados.

Lembra da banca de jornais e revistas da esquina? Acabou. Agora as pessoas baixam num clique seus jornais e revistas, do mundo inteiro, no tablet -e carregam sua banca particular para todo lado, para lerem até no banheiro.

Você acha que este futuro está muito longe? Então veja fatos e números de 2010, alguns  saindo agora, que mostram esta mudança radical: a Amazon vendeu mais ebooks (livros digitais) que livros de papel; várias escolas por todo o mundo adotaram o iPad para substituir os livros escolares, de papel; a maioria dos americanos disse que se informa mais online do que pelos jornais tradicionais, de papel; pela primeira vez as verbas para propaganda na internet foram maiores do que a verba para a mídia impressa; todos os grandes jornais e revistas do mundo (que já estavam na internet) agora têm sua versão para iPad (que tem 83% do mercado de tablets).

E, ainda, por último: você está lendo esse texto online e não num jornal de papel. Viu como você também já começou a mudar?


2 comentários:

  1. Oi, Raul, td bem? Quanto tempo...

    Gostei muito do seu texto. Só não concordo em uma coisa: acho que não podemos esquecer dos nichos. Sempre vão haver pessoas que gostam de LPS, outros que preferem livros de papel para manusear e alguns outros que nunca vão abrir mão de ir à alguma loja para comprar e escolher seu entretenimento "in loco". Concordo que, sim, as tecnologias chegam com tudo, mudando velhos hábitos. Mas sempre vão existir os puristas, os nostálgicos e os grupos de resistência, fazendo os diferentes formatos de comunicação, entretenimento e informação conviverem juntas e ao mesmo tempo. Inclusive, de forma hibrida.

    Um grande abraço!

    Fernando Pereira

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  2. Oi, Fernando. Concordo com você. Historicamente, nenhuma tecnologia nova acabou com a antiga. O que procurei fazer é uma caricatura do que vem por aí. Também gosto dum livro na mão. Mas, quando viajo, levo meu kindle com vários livros dentro -o que é muito prático. Também não consigo me livrar de meus velhos e bons LPs. Mas que o business de livros, revistas, jornais, livros, filmes, músicas, vão mudar, isso vão. Nós e as empresas temos que mudar juntos. Essa é a essência do que estou escrevendo aqui, neste momento de grandes mudanças nos negócios da comunicação e nos nossos hábitos. Grande abraço. Raul

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