domingo, 12 de dezembro de 2010

3- REALMENTE UMA NOVA EXPERIÊNCIA.

O ego do pessoal da Folha ficou inchado no blog anterior. Goleada no Estadão. Mas sinto dizer, gente, que o The New York Times tá muito na frente de vocês. Por isso gosto de ler/ver o NYT. Layout elegante, limpinho, fácil de navegar. E free, como já disse.

Tem muito anúncio também, o que vocês vão gostar. Anúncios gráficos tradicionais, anúncios movimentados e até filmes que basta clicar. Eles parecem mais firmes num caminho a seguir de um formato realmente digital. Será que estou errado?

Uma sessão que gosto muito são as matérias fotográficas. Ás vezes estão dentro de uma matéria importante que está lá em outra sessão. Às vezes é só uma matéria fotográfica mesmo, com fotos tão bonitas que valeu fazer a matéria toda visual –só com legendas. Acho ótimo revalorizar nossos grandes fotógrafos. O cara agora vai caprichar mais nas fotos porque só vai depender dele virar uma matéria com destaque. Seja qual for o assunto.

Também tem a sessão de vídeos. Matérias em vídeo quando o vídeo acrescenta, matérias com som, quando também acrescenta. Tudo muito bem equilibrado, sem aquela sensação de árvore de natal que as nossas semanais mostraram nos números especiais para lançamento do iPad no Brasil. Parecia um bando de garotos deslumbrados com efeitos especiais. Lembra como foi quando os sites descobriram o flash e queriam aproveitar todas as possibilidades? Ainda bem que a moda durou pouco tempo.

Mas voltemos ao negócio dos jornais. A revolução digital está só começando. Quantas pessoas vão ter um tablet neste primeiro ano? Vale a pena tentar cobrar destes poucos em vez de aproveitar para experimentar tudo que vocês têm direito para criar seu próprio caminho digital?

Experimentar na forma, no conteúdo. Experimentar nos formatos publicitários, nas promoções e merchandisings. Procurar novas formas de parcerias com anunciantes, vincular ações na internet à venda de espaço no papel. Procurar novas parcerias internacionais para conteúdo. Como vocês vêem, tem muita coisa nova para fazer.

O importante mesmo é que o jornal digital tem que ser uma experiência nova e mais prazerosa. Quem conseguir isso já tem meio caminho percorrido. As possibilidades são infinitas. O espaço para escrever/mostrar também não tem limites. Os leitores estão no mundo inteiro. Está na hora de botar a cabeça para pensar.

P.S. Estou falando só dos grandes jornais do Rio e São Paulo para facilitar a comparação e demonstrar o que eu penso, abrindo uma discussão. Nenhum menosprezo para com jornais de outros estados ou mesmo do interior. Ao contrário. Acho que eles têm, agora, uma ótima oportunidade de negócios. Como a sede geográfica deixa de ter importância no mundo digital, nada impede que um jornal de uma cidade do interior seja o jornal digital mais lido no país. Diminuiu  a força do poder de impressão e distribuição. O que vale agora é  a inteligência de fazer um belo conteúdo com bons jornalistas e criar uma forma mais gostosa e divertida de se comunicar com os leitores. O que vai valer é a experiência, podemos falar de leitura? Então viva a criatividade. 

2 comentários:

  1. Oi Raul! Precisou ter um tablet para ter um blog, hein? É bom saber que vai compartilhar suas ideias na nuvem. Bem-vindo! Abraço, Marcos

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  2. Boa Raul! Será ótimo ter acesso a você e suas idéias agora também por aqui.
    Abs
    Marcelo

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