domingo, 19 de dezembro de 2010

1- SUA VIDA VAI MUDAR EM UM CLIQUE.

O iPad entrou na minha vida faz um mês. E já deu para perceber que muita coisa mudou. E vai mudar ainda mais. Quero dizer, minha relação com a tecnologia ficou diferente. O simples fato de você ter uma tela nas mãos que pode carregar para um lado e para o outro, mexe com seus hábitos de uma forma que antes eu não esperava.

Lembro do dia em que mexi num iPhone pela primeira vez. A primeira coisa que me passou pela cabeça foi – ah, se essa tela fosse maior. E pumba, chegou o iPad. Isso deve ser ótimo. E realmente é. Tanto que nesse primeiro mês meu labtop foi quase deixado de lado, pelo menos 80% das coisas que faço é muito melhor fazer no iPad.

Leio jornais, revistas, emails, twitters, de uma forma muito mais prazerosa e prática. Vejo filmes. A qualidade das imagens (fotos e filmes) fica fantástica. Só como leitor ele já vale a pena.

Saio pra rua com ele. É muito mais leve, prático e rápido que um netbook. Dá pra escrever bem nele, fazer apresentações, acessar informações de qualquer lugar.

Eu, que sou de uma geração que já trabalhou com máquina de escrever, telex, passou telegrama, montou filme em moviola, falou em orelhão, passou por todas as mudanças do século passado, sabe muito bem sentir que uma nova mudança chegou.

Não estou aqui pra fazer propaganda da Apple (bem que a gente tem que reconhecer as mudanças que ela trouxe com o iPhone e seus Apps, e agora com o iPad), mas dá pra ver que os tablets vieram pra ficar. Vão evoluir, é claro, mas o conceito que é importante.

Então decidi radicalizar. Não compro mais jornais, revistas, livros (apesar de gostar de ter um na mão). Quero ver como fica a vida só no mundo digital. E, usando a maior regra da web (grátis), também resolvi não pagar mais nada por tudo isso (o iPad vai se pagar em menos de um ano).

O resultado tem sido muito bom. Continuo tão ou melhor informado que antes e vou descobrindo o caminho das pedras a cada dia. Posso ler todos os dias a mesma Folha e Estadão de sempre, ainda posso acrescentar O Globo, que não lia todo dia, e ainda de quebra o The New York Times.

Mas aí você começa a enfrentar o problema da visão que cada jornal e cada empresa tem das tecnologias de hoje. E percebe que todo mundo está inseguro, procurando ou testando um caminho. O que faz optarem por soluções melhores ou piores para mim como leitor. Versões abertas (grátis) ou pagas da sua publicação. Mais fáceis ou mais complicadas de acessar. Mais modernas ou mais tradicionais, e por aí vai.

Como sou um profissional de comunicação (jornalista, publicitário, internet) achei que valia a pena discutir estes assuntos aqui com quem estivesse interessado. Não do ponto de vista da tecnologia, que tem muita gente que faz isso muito melhor do que eu. Mas do ponto de vista de comunicação, negócio, marketing, mudança de hábitos.

É um pouco de sangue velho na tecnologia. Um profissional acostumado a pensar estratégias,  posicionamentos, imagens de marca, usando estas habilidades para discutir o que parece ser o mundo da garotada. Que sabe fazer estas coisas como ninguém, afinal já nasceram ao lado de um computador e um celular. Mas por isso mesmo talvez não consigam ver com clareza o que está acontecendo. (Ou talvez eu esteja redondamente enganado.)

Estou começando aqui, não tenho prática de escrever blogs. Mas vou aprendendo pelo caminho. A propósito, estou escrevendo no meu labtop, para ele não se sentir tão rejeitado assim.

O primeiro recado para o pessoal das mídias que vamos falar: gente, as coisas estão mudando e mudam cada vez mais rápido. Muito cuidado para não perderem o bonde da história. Já mudou drasticamente no mundo da música. Agora a mudança vem nas mídias escritas (jornais e revistas), livros e ,logo logo, nas TVs pagas. Pode pagar para ver.



Um comentário:

  1. Raul,
    O mundo mudou e a internet o transformou numa esquina!
    Temos que nos adaptar a ela!
    Adorei suas considerações.
    Vamos falar muito sobre isso
    Bjs
    Marcia Tucunduva

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